Viver de chapéu. Arte e produção independente.

Noite de Rose no Sesc Ipiranga | Foto Michelle Magrini

Em comum a vontade de fazer. Três amigos, Jorge Ribeiro, Otávio Fantinato e Rodrigo Buchiniani se juntaram para produzir e realizar A Noite da Rose, um espetáculo de variedades circense, que pretende fortalecer a arte de rua no centro de São Paulo, especificamente na Praça Roosevelt.

Foi preciso contar com a participação de vários outros artistas dispostos a oferecer seu trabalho por uma causa. Tudo na base da parceria. Amigos ajudando na montagem, desmontagem e na técnica. Disponibilizando equipamentos. Sempre reforçando o chapéu como meio de também contar com o público para fazer a Noite da Rose acontecer.

“Com certeza nas primeiras edições o chapéu não era suficiente para cobrir os gastos que a gente tinha para a realização. Mas a satisfação de ver a praça lotada, em um espetáculo de circo de qualidade era suficiente para nós.” Jorge Ribeiro

Foi assim que surgiu, do amor à arte, da vontade de fazer, passando por todas as dificuldades de realizar arte de rua de forma independente, que vão desde condições climáticas, passando pela burocracia de conseguir uma autorização para se apresentar em espaço público, até o chapéu pequeno, que apesar de criar um pequeno fundo para manutenção e realização, nunca esteve perto do ideal que seria para pagar todos os artistas.

Jorge Ribeiro em apresentação da Noite da Rose no Sesc Ipiranga Foto: Michelle Magrini

Mas com o tempo a Rose ganhou repercussão, agora está participando do Circos – Festival Internacional Sesc de Circo, ano passado ganhou o Xamego (Edital Xamego para Seleção e Apoio a Projetos de Circo) e circulou, mas sempre mantendo-se uma produção independente.

Jorge, um dos produtores iniciais, malabarista uruguaio que vive em São Paulo desde 2001 e, mesmo depois de sair da produção, na quinta edição, sempre continuou como colaborador amigo, ora ajudando na técnica e montagem, ora se apresentando, conta na entrevista no vídeo abaixo como foi esse processo.

Escrito por
Michelle Magrini