Companhia do Polvo

(São Paulo – SP)

Desabrigadas após uma forte tempestade, duas pessoas vindas de culturas diferentes decidem se proteger no telhado de uma casa submersa e lá precisam se adaptar à vida em comum. Primeiro trabalho para o público infantil da paulistana Companhia do Polvo, Telhado de Ninguém se inspira na estética do cinema mudo para discutir a capacidade humana de se comunicar, respeitar e se fazer entender, apesar das diferenças culturais. Seria então a língua uma fronteira intransponível?

A ausência de diálogos, que resulta da incapacidade de os personagens se comunicarem verbalmente, abre espaço para jogos cênicos apoiados na música e na linguagem corporal dos artistas, criando um novo tipo de comunicação entre os personagens: a arte. “Devemos começar a respeitar e celebrar o que nos faz diferentes. Apenas através da cooperação é que seremos capazes de dar continuidade a esse experimento que é o ‘ser humano’”, dizem os intérpretes e criadores Mark Bronilow e Natália Presser. Além do telhado, o cenário é composto por uma antena, uma chaminé e um poste de luz, que viram aparelhos de circo para dar suporte aos números de dança, acrobacia e equilibrismo.

FICHA TÉCNICA
Concepção e cenografia: Mark Bromilow e Natália Presser
Direção e dramaturgia: Mark Bromilow
Artistas: Natália Presser e Nico Serrano
Figurinos: Viviane Kiritani, Usina da Alegria Planetária
Fotografia: Paulo Barbuto
Criação do boneco: Virgílio Zago
Contra-regragem: Luka Ianchity
Desenho de luz: Camila Andrade
Equipe de criação: Alessandro de Angelis, Andrei Presser, Marcelo Lujan, Mark Bromilow, Natália Presser, Nico Serrano
Material didático: Meg Presser
Música original: Andrei Presser
Operador de Luz: Robson Lima
Realização: Companhia do Polvo
Sonoplastia: Denão
Produção: Companhia do Polvo (Cristiani Zonzini)